Terminado que está o mercado de transferências e fechado o plantel, a direcção do Sporting aproveitou esta semana para dar início ao processo de auditoria e revelar o relatório e contas referente ao primeiro semestre de 2013. Contas dificeís de explicar, com compras como as de Elias e de Labyad a custar valores bem superiores aos referidos pela direcção de então, e a revelarem gastos inimagináveis com massa salarial, tanto na equipa A como na B.
Continuando o seu trabalho, foi publicada uma tabela com os gastos para esta época do Sporting. Uma redução significativa da massa salarial, conseguindo mesmo poupar significativamente relativamente ao que havia sido projectado anteriormente.
Para além disso, foram explicadas todas as transferências do clube, num processo de total transparência que se enaltece, não só por ser o nosso clube, mas porque devia ser algo comum a todo o mundo do futebol.
Um trabalho hercúleo, que tem surpreendido todos os Sportinguistas, até aqueles que de facto acreditaram, como eu, que Bruno de Carvalho seria o rosto da mudança no clube. Totalmente inexcedível na resolução dos problemas do clube, trabalhando em várias frentes e fazendo mais em 5 meses que muitos em vários anos.
A reacção dos anteriores não se fez esperar. Godinho Lopes veio, qual virgem ofendida, dizer que entregou tudo e mais alguma coisas à actual direcção quando saiu. Mas isso significa que não tenha causado dolo ao clube? Qual a justificação para as contratações de determinados jogadores? Ou para salários principescos de funcionários?
Outro que veio ao terreno foi Luis Duque. Numa extensa entrevista ao jornal A Bola, o antigo administrador da SAD vai dando uma no cravo outra na ferradura. Foi dizendo que grande parte das decisões foram tomadas sem o seu consentimento, mas ao mesmo tempo não se viu da parte dele tomadas de posição que contrapusessem o que foi sendo feito. Agora é fácil limpar o capote. E o elogio a Bruno de Carvalho é apenas uma operação de charme.
O Sporting tem que seguir o seu caminho. Custe o que custar. Doa a quem doer.
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