The Chapel of Light

O jogo de ontem pouca ou nenhuma história tem.
O Sporting entrou à leão, destemido, qual rei a querer mandar na selva, e com qualidade de passe, velocidade e perspicácia, dominou o jogo.
Mas, quem viu os primeiros 10 minutos de jogo, percebeu qual ia ser o final do mesmo. 2 penaltys por marcar, 1 vermelho por mostrar, alguém no seu perfeito juízo achou que o Sporting ia pontuar depois disto?
Estava mais que visto o que ia acontecer. E com a luz a iluminar Capela, suportada num Jesus que viu um jogo num universo paralelo, o clube de Carnide conquistou mais três pontos. Sem saber ler nem escrever.
O Sporting foi alvo de um desrespeito completo. Foi, no entanto, bem defendido pelos seus representantes. Em primeira instância, pelos seus jogadores que vendo tal injustiça ser cometida, continuou a jogar com a mesma vontade e a mesma determinação. Depois, pelos seus adeptos, que ordeiramente entraram e saíram do estádio sem ocorrências de maior.
Por último, pelo seu treinador e presidente, que com um discurso comedido mas audaz, consciso mas não ofensivo, conseguiram demonstrar a vergonha que se passou em campo.
Foi importante não termos comprado publicamente uma guerra com a arbitragem. Temos que primeiro organizar o clube, torná-lo mais forte, para poder ter embates tão fortes quanto esses. Senão depois ocorre o mesmo do início de Domingos, em que até greves os árbitros fizeram e ainda foram defendidos pela sua posição.
Não podemos esperar grande eco na comunicação social. No entanto, as coisas foram tão claras que vários comentadores e jornais não puderam deixar de se referir ao sucedido.
Uma última palavra para o que resta do campeonato. A equipa do Sporting não está finalizada. Tem muito para retocar, para crescer.
Acredito, no entanto, que jogando com a mesma qualidade de ontem, venceremos os 4 jogos que faltam. E se isso acontecer, iremos seguramente à Liga Europa.
Força Sporting!